quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Oscares 2008 - Michael Clayton -

Michael Clayton

Realizador: Tony Gilroy
Género: Thriller
Intérpretes: George Clooney, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack




Análise: Michael Clayton (George Clooney) é o tipo que trata dos problemas numa firma de advogados, que nos últimos 6 anos tem andado às voltas com um caso envolvendo 3 biliões de dólares, uma companhia de productos químicos, e um problema de saúde pública. Mas, (e há sempre um "mas") quando as partes já estariam quase a chegar a um acordo, o representante da firma no caso, Arthur Edens (Tom Wilkinson), descobre que uma tremenda marosca está a ser oculta pela chefe do conselho da companhia cliente e num acto que roça os limites da loucura, Arhur tem um esgotamento nervoso. No entanto encontra-se na posse de um memorando que pode levar a processar essa companhia por fraude e deitar tudo a perder.
Clayton pensa que o seu colega e amigo apenas largou a sua medicação, até que algo ocorre a Arthur que em tudo aponta para uma conspiração a nível superior.

Seja-se ou não fã de George Clooney, há-que admitir que neste filme esteve brilhante. Arrisco-me até a dizer que terá sido a sua melhor interpretação até hoje, e a nomeação para o óscar de melhor actor está inteiramente merecida. Isto porque é ele que carrega o filme às costas durante as partes mais lentas, (e o filme custa um pouco a arrancar) e fá-lo sempre com brilhantismo. A profissão da sua personagem faz lembrar o que Mr Wolf de Harvey Keitel fazia em Pulp Fiction, limpando e resolvendo as trapalhadas que gente importante (e rica) faz. Encontramo-lo no início do filme, num torneio ilegal de poker na Chinatown, antes de sair para resolver mais uma trapalhada que um cliente rico fez a altas horas da noite. O que posteriormente leva a um inesperado evento que, para nós espectadores, parece ter saido da twilight zone. Recuamos então 4 dias no tempo, de maneira a seguir-mos todos os acontecimentos que levaram àquele evento, e sobretudo o porquê.
Karen Crowder, (Tilda Swinton) é quem está encarregue pela companhia cliente para "limpar" a trapalhada e fazer "desaparecer" esse memorando que pode por tudo em risco. Neste caso, são os actos e as opções tomadas por ela, como também os efeitos que delas advêm, que fazem o enredo desenvolver-se.
Eventualmente voltamos ao momento em que o filme recuou 4 dias, e vemos a cena anterior de Clayton a sair da Chinatown por uma perspectiva diferente. Daí para a frente, passamos parte do filme a dizer "ah! afinal foi por isso que isto aconteceu!" o que nos conduz a um final excelente, com um confronto verbal entre Clayton e Karen digno de um filme muito bem construído.
Em resumo, um excelente primeiro filme para o realizador Tony Gilroy, com desempenhos brilhantes por parte de George Clooney e Tom Wilkinson, que fazem deste thriller inteligente, ser mais do que aparentemente seria, e um dos meus preferidos entre os nomeados ao melhor filme.

Classificação: 8/10


Amanhã: No Country For Old Men (Este País Não é Para Velhos)

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Mais, tenho uma vizinha que sabe voodoo (ou era yoga ? ... não interessa, qualquer uma delas é terrivelmente mortifera), por isso tenham medo.

Depois não digam que não vos avisei.

Buuu