Death Defying Acts (Houdini: O Último Grande Mágico)
Realização: Gillian Armstrong
Género: Drama / Romance
Intérpretes: Guy Pearce, Catherine Zeta-Jones, Saoirse Ronan
Estreia em Portugal: 26 de Junho de 2008
País de Origem: Reino Unido
"When i was very small, i had a gift. I saw things other folk didn't see. As i grew up, the gift vanished just like my mom said it would, and i saw the world as it really was... but then... the great Houdini came into our lives, and changed everything forever."
Death Defying Acts - primeiras falas
...e no entanto não é o que acontece com este filme. Como sei que os meus amigos na Irlanda me dariam cabo do canastro se não fizesse uma analise a este filme, cá vai disto;
O que me levou a ver este Death Defying Acts, é que seria uma historia com Harry Houdini, provavelmente o ilusionista e mestre de fugas mais conhecido de todos os tempos. Também porque gostei bastante do Prestige (O Terçeiro Passo) e do Illusionist (O Ilusionista), e talvez contasse com algo no género, senão melhor. Enganei-me. O que infelizmente encontrei não foi mais que uma historiazeca em que se trocariam facilmente os personagens principais pelo Florivaldo e a Constança da novela brasileira mais à mão.
Catherine Zeta-Jones encarna Mary McGarvie, uma personagem ficticia convenientemente atirada para a vida de Harry Houdini de maneira a fazer dali uma historia para contar. Esta Mary, juntamente com a sua filha Benji, têm um espectáculo psiquico em Edimburgo com bastante aceitação do público, que no entanto recorre a metodos menos próprios para conseguir as "adivinhações" com que consegue público no seu espectaculo.
E então entra o mágico. Corre palavra que Harry Houdini lançou um desafio a todos os adivinhos que encontre, que oferecerá 10.000 dolares a quem conseguir comunicar com a sua mãe falecida e lhe disser quais foram as suas ultimas palavras. O seu objectivo aparentemente seria o de desmascarar todos os charlatães que encontrasse, até que... encontrou Mary e tudo isso tornou-se irrelevante.
Entramos então num romance entre as duas personagens, com os motivos porque Houdini acha Mary atraente um pouco questionáveis e com uma pontuação bastante alta no meu esquisitómetro... mas adiante.
Contrariamente ao titulo do filme (em ingles), não ha realmente nada de desafiador da morte no filme, isto porque mantem-se numa zona neutra de interacção de personagens que não é nada de especial, e não se mete no mundo das ilusões, mostrando apenas um ou dois momentos durante algum espectáculo, que não chega nem para palitar o dente.
O que temos realmente é um olhar da vida pessoal de Houdini, com um Guy Pearce a fazer o que pode para mostrar algum carisma e demónios pessoais com que se debate, mas apesar do esforço, o filme não ajuda, e no final fica-se com a sensação que o homem fez um papel inexpressivo. O mesmo posso dizer da Catherine Zeta-Jones, que para além da sua beleza natural, nada mais acrescentou. Ah... e temos a irritante miúda do Atonement que como não seria de estranhar... irrita novamente. Não tão acentuadamente como no outro filme, mas o factor "irritar" está lá de quando em vez.
Pontos positivos: um retrato da época bastante elegante (1927), com um guarda-roupa adequado e uma fotografia aceitavel.
Conclusão:
Death Defying Acts não é aborrecido, mas elegância só por si deixa pouca impressão. Ironicamente, num filme que supostamente seria sobre magia, não se encontra nenhuma em nenhures durante todo os seus 90 minutos.
Classificação: 4/10
...e no entanto não é o que acontece com este filme. Como sei que os meus amigos na Irlanda me dariam cabo do canastro se não fizesse uma analise a este filme, cá vai disto;
O que me levou a ver este Death Defying Acts, é que seria uma historia com Harry Houdini, provavelmente o ilusionista e mestre de fugas mais conhecido de todos os tempos. Também porque gostei bastante do Prestige (O Terçeiro Passo) e do Illusionist (O Ilusionista), e talvez contasse com algo no género, senão melhor. Enganei-me. O que infelizmente encontrei não foi mais que uma historiazeca em que se trocariam facilmente os personagens principais pelo Florivaldo e a Constança da novela brasileira mais à mão.
Catherine Zeta-Jones encarna Mary McGarvie, uma personagem ficticia convenientemente atirada para a vida de Harry Houdini de maneira a fazer dali uma historia para contar. Esta Mary, juntamente com a sua filha Benji, têm um espectáculo psiquico em Edimburgo com bastante aceitação do público, que no entanto recorre a metodos menos próprios para conseguir as "adivinhações" com que consegue público no seu espectaculo.
E então entra o mágico. Corre palavra que Harry Houdini lançou um desafio a todos os adivinhos que encontre, que oferecerá 10.000 dolares a quem conseguir comunicar com a sua mãe falecida e lhe disser quais foram as suas ultimas palavras. O seu objectivo aparentemente seria o de desmascarar todos os charlatães que encontrasse, até que... encontrou Mary e tudo isso tornou-se irrelevante.
Entramos então num romance entre as duas personagens, com os motivos porque Houdini acha Mary atraente um pouco questionáveis e com uma pontuação bastante alta no meu esquisitómetro... mas adiante.
Contrariamente ao titulo do filme (em ingles), não ha realmente nada de desafiador da morte no filme, isto porque mantem-se numa zona neutra de interacção de personagens que não é nada de especial, e não se mete no mundo das ilusões, mostrando apenas um ou dois momentos durante algum espectáculo, que não chega nem para palitar o dente.
O que temos realmente é um olhar da vida pessoal de Houdini, com um Guy Pearce a fazer o que pode para mostrar algum carisma e demónios pessoais com que se debate, mas apesar do esforço, o filme não ajuda, e no final fica-se com a sensação que o homem fez um papel inexpressivo. O mesmo posso dizer da Catherine Zeta-Jones, que para além da sua beleza natural, nada mais acrescentou. Ah... e temos a irritante miúda do Atonement que como não seria de estranhar... irrita novamente. Não tão acentuadamente como no outro filme, mas o factor "irritar" está lá de quando em vez.
Pontos positivos: um retrato da época bastante elegante (1927), com um guarda-roupa adequado e uma fotografia aceitavel.
Conclusão:
Death Defying Acts não é aborrecido, mas elegância só por si deixa pouca impressão. Ironicamente, num filme que supostamente seria sobre magia, não se encontra nenhuma em nenhures durante todo os seus 90 minutos.
Classificação: 4/10
1 Comment:
É uma pena...
Tinha tudo pra ser um bom filme!! Estava curiosa :)
Paciência!
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